Por Daniel Nardin*
Não sei se é papo piegas ou não, mas a tática ao conhecer uma moça hoje passa um tanto pelo orkut. Não, não é coisa de nerd. E, claro, jamais pode fazer a pergunta tosca 'você tem orkut?". O melhor é gravar o nome e sobrenome da moça e depois - bem depois, jamais de madrugada, para evitar comentários que ela não vai entender - procurar a figura no Orkut, adicionar e aí em diante.
Muitos dos membros do Orkut ainda não se deram conta, mas se meninas estão, as empresas também fazem parte nesse meio virtual. E muitas dessas empresas e seus representantes não fazem nem idéia disso. Por isso, agora, além dos jornais, revistas, programas de tv e rádio, sites e blogs, o assessor deve ficar atento ao que é debatido (ou só batido) sobre seu cliente no Orkut,
No Blog RP.com, um trio de estudantes de Relações Públicas deu uma pincelada sobre isso. "O profissional responsável pela Comunicação de uma empresa deve estar atento aos principais veículos de comunicação que seu público alvo possa fazer uso, bem como saber explorar ao máximo as informações que os mesmos podem fornecer à organização. Contudo, o famoso site de relacionamentos pode trazer ameaças às empresas que deve preocupar-se com perfis falsos e comunidades negativas à imagem organizacional", diz o texto das moças.
A pesquisa "A Utilização do Orkut como Instrumento de Relações Públicas de Dupla Via com o Usuário de Transporte Coletivo no Município de Cachoeirinha"(ufa!), da estudante Daniel Barbieri, apresentado no Intercom de 2007, aborda o assunto. E tem uma pesquisa com o pessoal da região. Dos entrevistados, 85,5% afirmaram que participam de comunidades no orkut que falam ou são de empresas, marcas ou serviços. Desses, quase a metade (48,9%) integram comunidades de marcas e empresas para expor sua opinião sobre serviços e produtos.
A pesquisa segue e olha o nome da comunidade que a turma de Cachoeirinha participa (mais de 60% dos entrevistados): "Eu odeio a Vicasa". Em tempo: Vicasa é a empresa de transporte público que opera na região da cidade. Outra vez, mais da metade dos internautas posta mensagens (que não devem ser nada agradáveis) nessas comunidades.
Aí outro dado interessante e previsível: 67% dos entrevistados acham que de alguma forma essas mensagens postadas chegam até a empresa. E 100% nunca receberam nenhum retorno ou resposta por parte da empresa. "Questionei qual a reação da organização sobre as mensagens postadas nesse canal e obtive como resposta que a empresa não tem uma opinião formada a respeito", diz Daniela na pesquisa.
E era bom ter. E uma comunidade ou perfil de uma empresa devidamente monitorada por alguém da área de comunicação pode sim ser positivo. Um porque pode ser uma espécie de 'SAC' da empresa no Orkut. E depois, para a comunicação interna é excelente. Os funcionários e colaboradores podem participar dessa comunidade e, num tópico de fórum qualquer, elogiar ou criticar desde o almoço servido no refeitório, até a determinada campanha da empresa ou ainda a atuação do goleiro do time da empresa no campeonato das indústrias. E todo mundo pode escrever, se expressar ali.
As possibilidades de críticas e ataques contra a empresa no Orkut são infinitas. E, claro, o orkut é visto hoje como um meio completamente informal, sem credibilidade e que, portanto, não mereceria atenção das empresas, com nota de resposta ou coisa parecida.
É, mas há bem pouco tempo atrás os Blogs não eram vistos assim? Um blogueiro hoje já é mais respeitado. Às vezes tanto como o repórter de um jornal. Não vai demorar muito - se já não deveria ser assim - um usuário do Orkut não pode ser tratado com igual atenção?
Sei não, mas... e aí? Sua empresa tem Orkut?
* Daniel Nardin é jornalista graduado pela Univesidade Federal do Pará (UFPA) e atua como assessor de imprensa do senador Flexa Ribeiro. Srá nosso palestrante na V Semana de Comunicação FACITEC no dia 29 de maio de 2009. NÃO PERCA!!!
Não sei se é papo piegas ou não, mas a tática ao conhecer uma moça hoje passa um tanto pelo orkut. Não, não é coisa de nerd. E, claro, jamais pode fazer a pergunta tosca 'você tem orkut?". O melhor é gravar o nome e sobrenome da moça e depois - bem depois, jamais de madrugada, para evitar comentários que ela não vai entender - procurar a figura no Orkut, adicionar e aí em diante.
Muitos dos membros do Orkut ainda não se deram conta, mas se meninas estão, as empresas também fazem parte nesse meio virtual. E muitas dessas empresas e seus representantes não fazem nem idéia disso. Por isso, agora, além dos jornais, revistas, programas de tv e rádio, sites e blogs, o assessor deve ficar atento ao que é debatido (ou só batido) sobre seu cliente no Orkut,
No Blog RP.com, um trio de estudantes de Relações Públicas deu uma pincelada sobre isso. "O profissional responsável pela Comunicação de uma empresa deve estar atento aos principais veículos de comunicação que seu público alvo possa fazer uso, bem como saber explorar ao máximo as informações que os mesmos podem fornecer à organização. Contudo, o famoso site de relacionamentos pode trazer ameaças às empresas que deve preocupar-se com perfis falsos e comunidades negativas à imagem organizacional", diz o texto das moças.
A pesquisa "A Utilização do Orkut como Instrumento de Relações Públicas de Dupla Via com o Usuário de Transporte Coletivo no Município de Cachoeirinha"(ufa!), da estudante Daniel Barbieri, apresentado no Intercom de 2007, aborda o assunto. E tem uma pesquisa com o pessoal da região. Dos entrevistados, 85,5% afirmaram que participam de comunidades no orkut que falam ou são de empresas, marcas ou serviços. Desses, quase a metade (48,9%) integram comunidades de marcas e empresas para expor sua opinião sobre serviços e produtos.
A pesquisa segue e olha o nome da comunidade que a turma de Cachoeirinha participa (mais de 60% dos entrevistados): "Eu odeio a Vicasa". Em tempo: Vicasa é a empresa de transporte público que opera na região da cidade. Outra vez, mais da metade dos internautas posta mensagens (que não devem ser nada agradáveis) nessas comunidades.
Aí outro dado interessante e previsível: 67% dos entrevistados acham que de alguma forma essas mensagens postadas chegam até a empresa. E 100% nunca receberam nenhum retorno ou resposta por parte da empresa. "Questionei qual a reação da organização sobre as mensagens postadas nesse canal e obtive como resposta que a empresa não tem uma opinião formada a respeito", diz Daniela na pesquisa.
E era bom ter. E uma comunidade ou perfil de uma empresa devidamente monitorada por alguém da área de comunicação pode sim ser positivo. Um porque pode ser uma espécie de 'SAC' da empresa no Orkut. E depois, para a comunicação interna é excelente. Os funcionários e colaboradores podem participar dessa comunidade e, num tópico de fórum qualquer, elogiar ou criticar desde o almoço servido no refeitório, até a determinada campanha da empresa ou ainda a atuação do goleiro do time da empresa no campeonato das indústrias. E todo mundo pode escrever, se expressar ali.
As possibilidades de críticas e ataques contra a empresa no Orkut são infinitas. E, claro, o orkut é visto hoje como um meio completamente informal, sem credibilidade e que, portanto, não mereceria atenção das empresas, com nota de resposta ou coisa parecida.
É, mas há bem pouco tempo atrás os Blogs não eram vistos assim? Um blogueiro hoje já é mais respeitado. Às vezes tanto como o repórter de um jornal. Não vai demorar muito - se já não deveria ser assim - um usuário do Orkut não pode ser tratado com igual atenção?
Sei não, mas... e aí? Sua empresa tem Orkut?
* Daniel Nardin é jornalista graduado pela Univesidade Federal do Pará (UFPA) e atua como assessor de imprensa do senador Flexa Ribeiro. Srá nosso palestrante na V Semana de Comunicação FACITEC no dia 29 de maio de 2009. NÃO PERCA!!!
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